Um caso insólito deixou os moradores da província de Manica em choque e ao mesmo tempo intrigados. Um homem que havia furtado produtos de uma mercearia pertencente a um comerciante zimbabueano foi, no dia seguinte, “descoberto” de uma forma completamente inesperada: um enxame de abelhas pousou sobre o seu corpo e não o deixou em paz durante horas.

De acordo com testemunhas, o incidente ocorreu depois de o suspeito ter sido visto a sair discretamente da loja durante a noite. No dia seguinte, enquanto circulava pelas ruas da comunidade, foi surpreendido por dezenas de abelhas que o atacaram sem parar. O homem, desesperado, correu de um lado para outro, mas o enxame continuava a persegui-lo, pousando-lhe sobre a cabeça e os ombros, numa cena que chamou a atenção de dezenas de curiosos.

Moradores acreditam que o comerciante zimbabueano possa ter recorrido a “métodos tradicionais” para identificar o autor do furto. Muitos afirmam que, naquela região, é comum recorrer a práticas espirituais que envolvem abelhas como forma de justiça mística. Segundo relatos, essas abelhas teriam sido “enviadas” para punir o ladrão e forçá-lo a devolver os produtos roubados.

O episódio gerou grande agitação no mercado local, com várias pessoas filmando a cena e partilhando os vídeos nas redes sociais. Em pouco tempo, as imagens tornaram-se virais, acompanhadas de comentários de espanto e humor. Alguns internautas consideraram o acontecimento uma “lição divina”, enquanto outros o viram como uma prova de que “ninguém escapa à justiça espiritual”.

Fontes comunitárias indicaram que o homem acabou por confessar o crime, admitindo ter levado vários produtos da mercearia, incluindo açúcar, farinha, óleo e bebidas. Após o ataque, ele foi levado até ao comerciante para devolver os bens e pedir perdão. O comerciante, por sua vez, aceitou as desculpas, mas teria reforçado que apenas a justiça tradicional poderia decidir o destino do infrator.

Testemunhas contaram ainda que as abelhas permaneceram junto ao homem durante várias horas, pousadas em seu corpo e zumbindo sem o ferroar gravemente, o que aumentou o mistério em torno do caso. Só depois que o suspeito admitiu a culpa e devolveu o que havia roubado é que o enxame se dispersou.

Autoridades locais afirmaram que não receberam denúncia formal sobre o incidente, tratando o caso como um fenómeno de caráter tradicional e comunitário. Entretanto, alguns líderes locais apelaram à população para evitar o uso de práticas que possam colocar vidas em risco, defendendo que casos de furto devem ser resolvidos através das vias legais.

O insólito episódio dividiu opiniões na comunidade de Manica. Para muitos, foi uma clara demonstração de “justiça espiritual” que servirá de exemplo a quem pensa em roubar. Outros, contudo, consideram que o caso deve ser analisado com cautela e que é preciso evitar interpretações místicas que possam gerar mais medo do que segurança.

Enquanto isso, o homem, visivelmente envergonhado e ainda assustado, prometeu nunca mais se envolver em atos ilícitos. O caso tornou-se conversa dominante nas ruas de Manica, alimentando debates sobre a força das crenças tradicionais e o papel da espiritualidade na resolução de conflitos locais.

Um morador resumiu o sentimento geral da comunidade: “Aqui em Manica, quem rouba não foge à justiça — seja dos homens ou das abelhas.”