O Ministério da Saúde anunciou esta sexta-feira, 11 de Julho, a confirmação de três casos positivos de Mpox — nome atual da doença anteriormente designada por varíola dos macacos — na província do Niassa, concretamente no distrito do Lago.

As autoridades sanitárias informaram que os casos suspeitos foram inicialmente sinalizados no dia 8 de Julho, nas localidades de Metangula e Cobué, e os testes laboratoriais realizados no laboratório provincial confirmaram a infecção dois dias depois.

Segundo a Direcção Provincial de Saúde, os pacientes apresentam um quadro clínico estável e estão atualmente em isolamento domiciliar, como medida de contenção da propagação do vírus. As equipas de saúde continuam a monitorizar os casos de perto, prestando assistência médica contínua aos infectados.

Estão igualmente em curso análises laboratoriais adicionais com o objetivo de determinar a variante específica do vírus que está em circulação na região, uma informação considerada crucial para definir estratégias de resposta mais eficazes.

O Ministério da Saúde apelou à população para manter a calma e seguir as recomendações das autoridades sanitárias, incluindo a vigilância de sintomas como febre, lesões cutâneas, dores musculares e cansaço extremo, que são comuns em casos de Mpox.

Até ao momento, não foram registados novos casos suspeitos, mas o sector da saúde intensificou a vigilância epidemiológica nos pontos de entrada e nos postos de saúde locais, além de reforçar campanhas de sensibilização junto às comunidades do Niassa.

As autoridades reiteraram a importância de não estigmatizar os doentes e de denunciar, junto das unidades sanitárias, qualquer sinal clínico compatível com a doença, de forma a garantir uma resposta rápida e eficaz.

Mpox é uma infecção viral zoonótica, ou seja, que pode ser transmitida de animais para seres humanos, mas também se pode propagar entre pessoas, através do contacto físico direto, secreções corporais ou objetos contaminados.

O Governo moçambicano reforçou que está em coordenação com parceiros nacionais e internacionais para garantir o controlo da situação, incluindo o fornecimento de recursos médicos e apoio técnico às autoridades de saúde locais.

A situação permanece sob vigilância e as equipas no terreno estão mobilizadas para conter eventuais cadeias de transmissão comunitária.